12 fevereiro, 2007

Quanto vale a vida? Para quê a vida?

Quando de anos vergado
Sem forças de me cingir
A fardo ser,
Como feto indesejado
Me sentir
Também,
Quem quererei a meu lado
A me proteger?
A tua lembrança, mãe!

Bandarra



Estando a cismar
No sismo eleitoral,
O sismo me acordou.
Que mudou, afinal?
Silêncio na rua,
Aborto continua.
De nome mudou.
De clandestino
O desatino
Legal se chamou.
Se de nome troca
É diminuição,
Da baldroca
Quem vê a razão?!
Há quem faça,
Quem desfaça,
Quem disfarça,
Quem diz farsa,
Quem não faça.
Contente
De ser gente
Estou
Por quem,
Mãe,
Por mim optou
…e
Sou o que sou.

Bandarra

09 fevereiro, 2007

Atanásio

Atanásio,
imortal,
Para teu mal,
a eutanásia virá!
doce a morte será!
Encapuzada,
de nome disfarçada!
Não envelheças
nem adoeças…!
Se a quem te ama,
na cama
ou hospital,
peso és
p’ra insegurança social
ou p’ra família em geral,
carteira
não é garantia
certeira!
Olho desperto,
o processo certo
de atrasar a partida,
se tens amor à vida!

Bandarra

08 fevereiro, 2007

Nascer

Nação
De nascor (nascer) vem,
Aborto de ab ortu
A destrói também.
Confusão
O SIM…
Funde Bem e ruim,
Abre porta
Que comporta
Aberração.
Cátaros e catarinos
Eugenismo apregoam
De filhos desejados
Programados,
Estimados,
De belos destinos !…
A hitleriano cinismo
Soam
O eugenismo
E o pragmatismo,
Já vi disto
Neste mundo de Cristo!
Mãe sidenta
Castrada!
Mãe doente,
Esterelizada!
Mãe pobre
De filhos
E cadilhos
Deserdada!
Depurada
A raça…
Com promoção
da governação…
Não tem graça,
Mas castração
Será a solução
Que trará ao orçamento
Novo alento!
Não parirá
A doente
E a carente.
No social se poupará
…banco de esperma haverá
E semente
De boa criação
À disposição
Só de gente
Com salário
Condizente
À paga de infantário!
Parir?!…
Quem governo decidir!
E em tamanho-padrão
Como disse em televisão
Médico engenhoso
Clamoroso!
Civilização?!
NÃO!

Bandarra

06 fevereiro, 2007

0s mentores

Andam na TV ment(id)ores
Senhores da comunicação social
De prosápia atrevidos
A emprenhar pelos ouvidos
Este povo plural!
A tentar…!
Que não é nada natural
Parir democracia
Sabido é por essa via!
Só eles são mestres, afinal!
De cartilha sebenta
De ratice fedorenta!
De sua prédica algo fica
Segundo Voltaire dizia…
E não há aborto que nos livre
Da sapiência destes doutores,
Ilustres (e bem caros!) senhores,
Novos caciques, afinal!
Talham a honra a metro,
Seu parecer é sempre certo
Seu juízo profissional,
Distinguem ética de moral,
Reduzem Homem a Animal,
Só sua opinião vale,
Quem discorda que se cale!

Bandarra